óculofania

há pouco algo próximo de uma epifania. ainda no escuro, para mim foi um alívio. fuf!

descobri que independentemente da origem ou cultura da pessoas, os olhares ainda dizem a mesma coisa. insegurança, sadness, sín esperanza. fácil de perceber mesmo por estas bandas ocidentais. a Lista das Enormes Dúvidas que tinha sobre tudo fora de brasilis começa a ser resolvida. estou começando a viver por aqui.

vai pra casa

um pouco de conhecimento absorvido da população local:

durante a guerra entre eua e méxico para ver se o vizinho iria ocupar o vizinho (a grama do outro é mais bela, sempre, especialmente quando preta), o presidente de sol mais tomado foi sequestrado. we want las tierras. sí, sure. mas a população local (ha, a mesma da primeira linha) queria expulsar os que vinham de cima.

e os que vinham, assim como os que ainda vão, vestiam verde - entre capacetes, calças e pensamentos. e dos que falam o érre com mais jeito, se falava "Green, Go Home"... daí foram dois passos. tirar a vírgula e o home (não os ómi, nunca mais). pronto. "Gringo".

sem crédito

era uma daquelas conversas boas de se ter. papo sério, longo com os americanos. barack obama, "in brazil" isso, "here you guys" pra lá, pra cá... de repente o choque:

"do you believe in global warming?"

é. no mesmo tom em que se pergunta a alguém sobre a fada do dente.

afinal, o fato de ter nevado pela primeira vez em abril na história da cidade, ter furacões e tornados em dias de sol e qualquer notícia sobre desastres ambientais são apenas fatos isolados.

não tá quente aqui? liga o ar condicionado. poe no 3.

satisfação e justiça

fato interessante ocorreu por aqui nesta semana. don imus, radialista famoso, ofendeu de maneira racista o time feminino de basquete universitário que foi campeão no último torneio.

duas semanas se passaram, e após diversos apelos da mídia, o cara foi suspenso do programa.

dois dias se passaram, e após inúmeros apelos da mídia, os patrocinadores se retiraram do programa.

um dia se passou, e após intensos apelos da mídia, o programa foi suspenso e o cowboy foi demitido.

impressionante a satisfação atingida com o limite da justiça. não adiantou o 'caveira-man' pedir desculpas, dizer que errou. não adiantou o time falar que já tinha perdoado e que estavam novamente felizes com o título. cabeça cortada. foi um ótimo paralelo para entender como é encarada a pena de morte aqui.

god bless america

frase padrão, mas o lugar em que eu li as gloriosas palavras:

"god bless america - united we stand, divided we fall"

foi na loja da polícia local no shopping da cidade, com aquele letreiro que tem em açougue aí no brasil. ao menos era no shopping frequentado pelos latinos, onde os vendedores são bilingues - e haja aviso de "we're hiring" -, o que explica a presença da polícia lá.

é isso aí. derruba o muro dos caras. tem uma pancada de americano aprendendo a falar espanhol para poder se dar bem - assim como vince, garçom do bar irlandês aqui da esquina. globalizacao com efeitos impensados.

bem vindos à terra da estrela solitária

chegando na terra da fantasia. já estou louco para pegar o meu suv e dirigir pelas largas ruas de dallas. o aquecimento global é culpa das vacas, aqui tem ar condicionado.

o objetivo deste relato é construir a realidade do texas com quadros encontrados no dia-a-dia. por quadros, podemos ter fotos, textos e vídeos.

vamos começar com este 'big shot'.

é como dizem aqui pelas ruas do bairro latino-chinês: haja bunda.